A capa que colocou Sabrina Carpenter no centro de uma polêmica l6j2y
A imagem da cantora ajoelhada enquanto um homem puxa seu cabelo dividiu opiniões nas redes. Para uns, é arte provocativa; para outros, retrocesso 6y4y4n
A divulgação do novo álbum de Sabrina Carpenter, Man's Best Friend, já começou dando o que falar, e o motivo não é exatamente musical. 2l1nv
Ao anunciar o projeto na última quarta-feira (11), a cantora de 26 anos compartilhou a capa do disco nas redes. Em uma das imagens, aparece um cachorro com uma coleira que traz o título do álbum. Na outra, Sabrina surge em posição canina, ajoelhada diante de um homem que segura seu cabelo. A cena causou alvoroço imediato.
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Críticas surgiram de todos os lados, chamando a imagem de "misógina", "regressiva" e "apelativa". "Amo a Sabrina, mas essa imagem me incomodou demais", comentou uma seguidora no Instagram. "Não é nada empoderadora, especialmente pra quem tem um público majoritariamente feminino".
A organização escocesa Glasgow Women's Aid, que apoia vítimas de violência doméstica, também se posicionou contra a capa, acusando-a de perpetuar estereótipos misóginos e reforçar a objetificação feminina. "Isso não é subversão. É um retorno a velhos clichês que reduzem mulheres a objetos ou bichos de estimação".
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Mas nem todo mundo viu problema. No programa The View, a comentarista Alyssa Farah Griffin minimizou a repercussão: "Ai, por favor! Parece que voltamos pros anos 90 com esse tipo de escândalo. Capa de álbum é pra chocar mesmo".
Parte do público defendeu a cantora, dizendo que a imagem faz parte de uma crítica ao modo como a sociedade ainda retrata as mulheres. "Pode ser incômodo de ver, mas talvez justamente por isso funcione, como um espelho", escreveu a jornalista Brooke Ivey Johnson, do Metro.
Nas redes sociais muitos lembraram que "retrógrado" e "patriarcal" é achar que mulheres não podem falar sobre sexo ou fazer críticas à forma como são vistas, ou como diz o próprio nome da capa o "male gaze" (olhar masculino).
i am a little concerned about peoples inability to immediately clock that the cover is obviously a commentary on the way women are treated, especially with the context of manchild and the album being called man's best friend like guys omfg think
— vega🛸 (@vampl0r) June 11, 2025
saying "we're never making it out of the patriarchy" because a WOMAN made a satire album cover about the way men treat women is crazy… we're never making it out of the patriarchy because of MEN so why shouldn't women be able to capitalize off of that??? y'all are so lame
— court 🇵🇸 FREE PALESTINE (@freckledbimbo) June 11, 2025
I'm seeing a lot of discourse about Sabrina Carpenter's new album cover… for those of you who may lack critical thinking skills, the cover is clearly satirical with a deeper meaning, portraying how the public views her, believing she is just for the male gaze. pic.twitter.com/hQ8rveNA06
— Wicked News Hub (@wickednewshub) June 11, 2025
my "woke" opinion but everyone's reaction to this is just more purity bs that was forced onto women hundreds of years ago cause you just cant believe that women are something other than "pure" and "innocent" https://t.co/9wrbrxajvP
— hannah! ᯓ★ (@loqicals) June 11, 2025
when y'all are saying a 26 year old woman can't sing about sex it's not feminism anymore it's just conservatism
— not molly gordon (@thenoasletter) June 11, 2025
Até agora, Sabrina não comentou diretamente a polêmica. Mas em entrevista recente à Rolling Stone, falou sobre as críticas que costuma receber por letras e performances sensuais:
As pessoas adoram reclamar, mas são elas mesmas que viralizam justamente essas partes. No fundo, é você que está obcecado por sexo, não eu.
Mesmo que a capa de Man's Best Friend provavelmente tenha uma intenção satírica, algo que deve ficar mais claro quando o álbum for lançado em agosto, é importante lembrar que uma mulher tem o direito de se expressar, sentir e se representar como quiser. Em vez de julgamentos apressados, o que precisamos é de um senso crítico mais amplo, capaz de enxergar nuances e respeitar diferentes formas de autonomia e provocação artística.
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